quinta-feira

See You Soon. Mr.Jenkins

Dizer que o meu gato tem mil e um defeitos já nem sequer conta para o que quer que seja, visto que já devo ter falado nesses mil e um defeitos umas mil e uma vezes. Mas uma coisa é certa. Gosto dele, apesar de tudo. Talvez seja essa a definição de amor incondicional, não sei. O dia em que o levo para o sítio onde ele fica quando eu e a C@ nos ausentamos em simultâneo e me separo dele é extremamente complicado. A viagem (ele sempre detestou andar de carro) é penosa, sofrida, miada quase de principio a fim (e são mais de 200km). O momento em que ele se depara com a nova "casa" e o stress que se apodera dele por ser "largado" ali (acredito que deve ser isso que ele pensa) deixam-me de rastos a mim. Quanto a ele, imagino, terá um misto de tristeza, raiva e depressão por ver o dono "abandoná-lo" junto a estranhos, num sítio pior do que aquele em que vive, com mais frio, com menos conforto... com menos amor. Se tudo correr como previsto, vejo-o só daqui a um mês. Ele não sabe mas eu sei o quanto me custa que assim seja. Tanto quanto me custa quando ele faz travessuras em casa - só está a ser ele próprio, no fundo - e o tenho de punir ou não o posso defender, porque... asneira é asneira. Tanto quanto me custa que, um dia, talvez não tão longínquo como isso, os nossos caminhos seguirão rumos diferentes. Sei que, chegado esse momento, ele sentirá que o abandonei; mas espero que não me negue o amor que sempre lhe terei a ele.

segunda-feira

Mãe é Mãe...


Aparecer na televisão tem destas coisas. Ontem, no meio de uma grande confusão que me rodeava, recebo duas (entre muitas outras) mensagens. Uma da digníssima esposa, preocupada, dizendo «Coitadinho!»; outra, da mamã, também preocupada (mas claramente com outras prioridades): «Tens a gola do casaco levantada. Compõe!». Há coisas que nunca hão-de mudar...

sexta-feira

Max Bickford & Me


Antes de tudo mais, aqui fica o suspiro de alívio por não ser professor. Acho que para se ser um profissional da Educação se deve ter talento, percepção e amor por esse ofício. Dessas três qualidade… não tenho nenhuma, segundo me parece. Mas tenho respeito pelo acto de ensinar coisas, de partilhar experiências com quem ainda não as viveu, de espalhar alguma da (pouca) sabedoria que temos e que, se a guardarmos para nós e se connosco vai para o caixão, de pouco servirá à Humanidade em geral.

Tive dezenas de professores na vida. Uns mais marcantes do que outros, é certo; uns mais talentosos… outros bastante menos; mais ou menos castiços, mais ou menos boas pessoas, mais ou menos totós, mais ou menos motivados… e por aí além.

No entanto, sempre que me lembro da figura de um professor, lembro-me de Max Bickford que, curiosamente, nem foi um professor real. Max era uma personagem de uma série de televisão, interpretada por Richard Dreyfuss. Um professor de História numa Universidade feminina dos Estados Unidos. Nada me ocorre que esta personagem tenha a ver comigo mas ontem, ao ser o orientador de uma sessão para estudantes universitários acerca do meu ofício, percebi o real valor da transmissão de conhecimentos, apregoado por Max Bickford nas suas aulas, cujas histórias eram contadas na minha televisão.

Havia um “não sei quê” ali; de profundo respeito por quem “bebia” as palavras do professor e de respeito do docente por quem estava ali para aprender. Assim me senti eu.

No meio da minha inaptidão para um ofício que não é o meu, senti que fui ouvido e bem questionado, que respondi o melhor que sabia e podia, que fui compreendido e – soube-o já hoje – que o meu trabalho foi competente e obteve bom feedback.

Não quero ser professor mas quero voltar a partilhar aquilo que sei com quem (ainda) não sabe. Não quero levar isto comigo para o caixão sem compartilhar. Não faria qualquer sentido. E o reconhecimento de que o contributo foi valioso será sempre a minha maior recompensa.

Sempre senti que era sobretudo isso que Max Bickford me transmitia a mim.

quinta-feira

quarta-feira

Fã do "Senhor Engenheiro" (que não é o Sócrates, claro!)


É assim uma decisão de última hora. Acabo de decidir que SOU FÃ deste senhor:


Quem é? Não sei mais do que praticamente o resto dos portugueses. Provavelmente é um actor que desempenha o papel de Engenheiro Agrónomo (ou então é mesmo um engenheiro agrónomo com jeito para representar). O que eu sei é que o "boneco" nos spot's publicitários da Agros resulta por ser, de facto, muito bom. A "personagem" é simpática, bem disposta, na sua simplicidade tem até uma pitada de humor mais ou menos subtil que lhe permite ter graça sem ser meramente "engraçadinho". Gosto. Muito. Os pontos altos destes spot's são, sem dúvida, as imagens em que o "Senhor Engenheiro" interage com a vacas (tapando-lhes as orelhas para dizer o "palavrão" rasteabilidade ou agachando-se para surgir junto às tetas do animal) e, logo no primeiro spot de todos, quando revela que, afinal, aquelas vacas (que produzem o leite Agros) «não fazem um boi». Não se pode pedir mais ou melhor do que isto. E é por isso que sou fã deste senhor.

terça-feira

A Unidade Que Vem De Fora


Trabalho num sítio onde muito se fala de união e de "vestir a camisola" mas onde cada um tenta falar mais alto que o outro (para argumentar com bogalhos quando, infelizmente, se está a falar de alhos) e onde as dezenas de televisões existentes conseguem estar cada uma num canal diferente também elas a debitar decibéis em níveis desaconselháveis ao ouvido humano. No fundo, a união (por ali tão apregoada) é só uma utopia impossível de alcançar por manifesta falta de (boa) vontade de todos os que ali trabalham. No entanto, por vezes, fico a trabalhar até mais tarde e à noite, já com o local praticamente entregue unicamente "ao meu cuidado", chegam as senhoras da limpeza. Todas africanas, falam em crioulo salvo quando me cumprimentam, naturalmente, em português. Elas são uma equipa; que fala a mesma língua, que limpa, que arruma, que organiza (aquilo que a multidão que se aglomera de dia no meu local de trabalho deixa em pantânas diariamente)... e que, à medida que vai passando pelas dezenas de televisões existentes, as vão sintonizando todas no mesmo canal, para irem acompanhando a telenovela onde quer que estejam a limpar. Ou seja, com o correr dos minutos, noite dentro, o espaço vai deixando de ter 1001 vozes para acabar a ouvirem-se, em uníssono, as personagens da trama do seriado televisivo. É claro que as tv's continuam a debitar decibéis em níveis totalmente totalmente desaconselháveis ao ouvido humano mas, ao menos, todas a uma só voz, dando por fim uma sensação de unidade que, pelos vistos, naquela casa, só existe quando toda a gente sai e chega a equipa da limpeza.

domingo

Guilty Pleasure (Muito Guilty MESMO!)




Pá... Não sei dizer porquê... Mas curto esta música desde que me lembro de a ouvir. Raramente o admito (aliás, nem sequer me lembro de o fazer senão agora). Mas pior seria se aqui colocasse a versão dos Take That (com Robbie Williams, muito penteadinho e bem comportado, em grande forma, no registo "betinho" de boys band), que eu também curto à brava. Pronto, pronto... Aqui fica esse também, só por causa da cena do Robbie Williams. O resto é muito gay soft porn... e, na minha opinião, imensamente piroso.


Ah! Voltando ao Barry Manilow... Diga-se o que se disser do Barry Manilow (que é mais um "objecto kitsch" americano do que um artista levado a sério, se calhar por ser uma espécie de ícone gay e por causa das 1856345 operações plásticas a que já se submeteu), é - como se vê no vídeo - aos 64 anos de idade uma verdadeira força da natureza... ou então só um velhote que faz questão de se dar mal com a idade que tem.